Spreads de risco nos financiamentos do Banco serão reduzidos até pela metade. Revisão é resultado de reavaliação do cenário econômico-financeiro.
A Diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou nesta terça-feira, 8, a revisão de sua precificação de risco para operações de financiamento. Com isso, praticamente todos os spreads de risco praticados pelo Banco em suas operações de concessão de crédito serão reduzidos.
Para as operações de financiamento contratadas pelos clientes finais diretamente com o BNDES, a revisão implica uma redução de spread de risco que varia, em média, entre 25% e 50% frente ao atualmente em vigor. Para as operações de financiamento indiretas, realizadas com o repasse de recursos do Banco por agentes financeiros, a taxa será reduzida em 35%, passando dos atuais 0,23% a.a. para 0,15% a.a.
Financiamentos com fiança bancária e operações com aval da União ou lastreadas em títulos públicos federais também tiveram seus spreads de risco reduzidos, passando de 0,4% a.a. para 0,25% a.a. e de 0,1% a.a. para 0,07% a.a., respectivamente.
Motivação – As reduções devem-se a uma reavaliação técnica do cenário econômico-financeiro, que inclui análises de probabilidade de inadimplência e de recuperação de créditos atrasados. Ao menos uma vez por ano, o BNDES revê seus spreads de risco — que são os juros cobrados para cobrir eventuais perdas por inadimplência dos clientes — e sua taxa de intermediação financeira — que tem a mesma função, mas corresponde ao risco de inadimplência dos agentes repassadores de seus recursos.
O custo financeiro das operações de financiamento contratadas diretamente com o BNDES inclui a taxa de juros de remuneração do Banco, que varia conforme a as características do cliente e do uso dos recursos, e o spread de risco. No caso das operações de financiamento contratadas por meio de outros agentes financeiros, além do spread do Banco e da taxa de intermediação financeira, há a taxa de remuneração dos repassadores de recursos.
Fonte: site BNDES